24/02/2014

Testemunho: Adriana Gomes

Amores e amoras, té que enfim chegou meu dia postar! Bom, nessa semana fiquei com uma postagem que sinceramente me identifico bastante, TESTEMUNHO! Como a maioria dos que me conhecem já sabem, eu gosto muito de perguntar. A curiosidade bateu aqui e ficou.  Espero muito que através desta postagem muitos sejam edificados assim como eu fui... Confesso que chorei, ri... Aliás, me diverti muito quando li essa história de vida tão diferente das demais. E meu recado pra você, querido leitor é que “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que AMAM a Deus; daqueles que são CHAMADOS por seu decreto” (Romanos 8:28). Portanto tudo tem um objetivo, um propósito... Deus está te conduzindo, mesmo que os teus olhos não consigam enxergar. 
Bora logo ao que interessa, minha convidada deste primeiro post é alguém que tenho muito apresso e consideração, eis o seu perfil:
Nome: Adriana Gomes
Idade: 35 Anos
Naturalidade: Recife-PE
Estado Civil: Casada com Jailson Gomes
Filhos: Davi e Gabriela
Profissão: Consultora BelCorp

Ovegatas - Conte-nos um pouco de como foi a sua infância:
Adriana - Minha infância foi muito boa. Recebi uma excelente educação cristã, fui criada em um lar onde recebi muito amor e instrução da Palavra de Deus, o que foi suficiente para gerar um temor muito grande no meu coração. Lembro-me que nós tínhamos o hábito de, todos os dias, fazermos o culto doméstico. Meus pais, meus irmãos e eu. Aos 12 anos recebi o batismo com o Espírito Santo.

Ovegatas - Poucas pessoas sabem, mas a senhora é filha de pastor, e toda a sua vida foi dedicada no serviço a Deus. Como foi sua adolescência? Quais as dificuldades que a senhora encontrou nessa fase tão vultosa na vida de alguém?
Adriana - É verdade, sou filha do Pr. Misael Pereira, hoje gestor da igreja em Ubiratá-Ba. Minha adolescência foi um pouco difícil, meu pai nessa época era presbítero da congregação de Águas Claras em Salvador-Ba. Quando aos treze anos, em Agosto de 1991 fui vítima de um trágico acidente na porta da igreja após um culto festivo, acidente este que mudaria para sempre minha vida. Fui atropelada por um carro, cujo condutor estava profundamente embriagado. Bati a cabeça no para-brisa do carro e fui elevada a quase cinco metros de altura. Foi tudo muito rápido! A maioria dos cortes atingiu o lado esquerdo do meu rosto, tive ferimentos em várias partes do corpo por causa da violência da queda, porém não perdi os sentidos. Foi um momento muito difícil para minha família. Lembro-me que estava nos braços de meu pai, com o rosto muito machucado, quando ouvir painho dizer:
- “Deus, tu só me deste uma filha e eu não quero perdê-la agora”!
O livramento foi muito grande, segundo os médicos, eu poderia ter ficado paraplégica ou até mesmo cega, mas pela misericórdia de Deus, não tive nenhuma fratura.
A partir daí vivenciei um problema difícil na minha adolescência, O COMPLEXO DE INFERIORIDADE, os cortes no meu rosto cicatrizaram e essas cicatrizes tornaram-se quelóides (é uma cicatriz imperfeita que surge por uma resposta cicatricial intensa do organismo, que extrapola os limites de um dano cutâneo ocasionado por uma inflamação, queimadura ou incisão cirúrgica). Levei aproximadamente 100 pontos no rosto durante a cirurgia. Foi quando me olhei no espelho e vi meu rosto completamente diferente. Os sentimentos foram muitos. Sentimentos de inferioridade, rejeição a minha aparência, baixa estima e muitos outros complexos interiores me atingiram depois do acidente.
Muitas vezes questionava a Deus o motivo pelo qual ELE permitiu que isso acontecesse. Era uma boa filha, crente... a verdade é que eu não entendia nada daquilo. Aos 13 anos fui para Recife e lá fiz duas cirurgias. Uma das cirurgias fiz aos catorze anos. Como meus pais não tinham condições financeiras fiquei hospedada na casa da minha tia Gesaías, que hoje está com o SENHOR. 
Durante esse período fiquei confusa, revoltada. Não queria enfrentar aquilo tudo, me preocupava muito com o quê as pessoas pensavam quando olhavam para o meu rosto. Chorava muito e me fechei para todos. Tinha medo que nenhum rapaz se interessasse em mim, me sentia feia... Muitos sentimentos me envolveram a ponto de não aproveitar minha adolescência como deveria.
Com 15 anos voltei para Salvador e assim celebrar ao SENHOR um culto em ação de graças pelo livramento, muitos irmãos de outras localidades se fizeram presentes como também alguns familiares. Ao voltar ao Recife, onde fiquei até os dezoito anos, esfriei na fé, fiquei distante do SENHOR e muito confusa. Apesar de distante, esse foi um período em que Deus me deu muitos livramentos. Depois de um ano me reconciliei com o PAI, com quase dezenove anos voltei para Salvador-BA. Foi a partir daí que entendi o propósito de Deus. Comecei a encarar o acidente com outra visão, como um livramento da parte de Deus, um verdadeiro milagre. Percebi que existem coisas nas nossas vidas que não entendemos de imediato, mas que Deus age também no silêncio. Então aprendi a agradecer a Deus e louvá-lo até pelas coisas que não eu compreendia.

OVEGATAS - O que mais lhe marcou durante sua juventude?
Adriana - Bom, sempre fui muito envolvida na obra do SENHOR, o que me ajudou bastante. Cantava no grupo de jovens, coral, fazia parte da Campanha Evangelizadora e ainda trabalhava na Escola Dominical com adolescentes. Esse envolvimento me fez aprender muito com Deus. Mas tive o privilégio de ter na minha vida alguém tão especial, uma pessoa diferente de todas as outras, alguém que me fazia refletir sobre muitas coisas e disposto a me ajudar a amadurecer. Conheci meu esposo em 1999, e percebi que tínhamos muitas coisas em comum, sonhos e planos sobre a obra do SENHOR. Nós não possuíamos nada, só o amor que sentíamos um pelo outro e a disposição para orar e buscar a Deus. Tínhamos certeza que os planos do SENHOR se realizariam em nossas vidas. Nada nos abalava. Resolvemos então esperar, crendo que no tempo certo Deus concretizaria a nossa união.

OVEGATAS - E na sua vida sentimental? Como foi pra senhora a escolha do seu esposo? Que conselho daria aos jovens que pretendem casar-se?
Adriana - Por causa do complexo de inferioridade, que me perseguia desde a adolescência, fazia muitas amizades, mas em relação ao namoro, resolvi deixar com Jesus. Eu orei assim:
-“Senhor, eu quero um jovem temente a ti, que seja da tua vontade e que não seja preso as coisas do mundo”.
Ou seja, queria alguém que se comprometesse comigo diante de Deus, para juntos começarmos uma história só nossa e assim constituir uma família. Eu descansei, não tinha ansiedade e preocupação sobre casamento. Sabia que o que Deus havia reservado para mim, seria meu. Em 1999 meu pai pastoreava a igreja em Pilão Arcado e nesse período vim morar em Petrolina, ainda estudava. Foi quando conheci Jailson, congregávamos no templo Matriz e nos tornamos amigos. Fomos orando aos poucos, nos conhecendo e então resolvemos assumir o namoro, enfrentamos muitas dificuldades, ele estava desempregado, porém estudava pra concurso, pois queria adquirir estabilidade para assim realizar o nosso tão almejado sonho, o casamento. Recebemos o apoio de alguns irmãos como a irmã Gerusa e Irmã Raquel de Aquino, Dayane e toda sua família.
Foi aí que chegou a surpresa de Deus, em Janeiro de 2003 Jailson foi ao Mato Grosso do Sul visitar alguns parentes e lá prestou o concurso do INSS, foi aprovado em PRIMEIRO LUGAR. Em Maio de 2004 nos casamos no templo matriz, foi uma grande vitória na parte de Deus. Casei com meu esposo porque o amava, não tinha dúvida acerca da nossa união, do nosso amor e principalmente da vontade de Deus na nossa vida. Neste ano faremos 10 anos de casados. Aconselho aos jovens que sejam fieis ao SENHOR, que orem e que suas escolhas sejam conduzidas por ELE, descansem, e se dediquem na obra de Deus, pois quando estamos em sua direção fazemos sempre a escolha certa. Quando a gente aprofunda nosso relacionamento com o PAI, não sobra espaço para ansiedades e dúvidas. Ele honra a nossa fé. Nos ajuda a aperfeiçoar nossa comunhão fim de agrada-lo melhor. Acredite! Entregue tudo nas mãos de Deus. Nós pedimos a benção, mas somente Deus é quem realiza. Eu pensava que não receberia da parte de Deus o que sonhava por causa das cicatrizes no meu rosto, mas pela misericórdia de Deus, superei o complexo e o inimigo não conseguiu deixar cicatrizes em minha alma. Aprendi através da Palavra do SENHOR, que Deus não vê como homem, porém ELE olha para o coração. ELE me surpreendeu, fez mais do que sonhei.

OVEGATAS - E quanto ao trabalhar de Deus em sua vida, conte-nos uma experiência vivida com o SENHOR!
Adriana - Depois de um ano casada, desejei muito ter um filho. Quando estávamos com um ano e nove meses de casados, engravidei e descobri que meu bebê tinha má formação congênita e com cinco meses sofri um aborto. Passei dez dias com o feto morto em meu útero. No dia em que fui ao hospital para realizar os procedimentos para retirada do feto, recebi uma visita de um grupo de irmãos quando Deus se utilizou de um jovem, dizendo que os meus pensamentos e caminhos não eram os do SENHOR, recebi o renovo e força que tanto necessitava da parte de Deus. No dia seguinte foi ao hospital sentindo fortes dores. Fiquei cerca de quatro horas com dores. Sofri muito, era uma mistura de dor física e emocional. Perdemos o nosso primeiro filho, não tínhamos imaginado que seria dessa forma. Mas diante de todo aquele sofrimento, me calei, aprendi a depender de Deus. Coloquei no meu coração o propósito de servi-lo de qualquer maneira, com ou sem filhos, estava ainda mais na sua dependência. Tudo isso ocorreu em Maio de 2006, em Setembro do mesmo ano numa viajem a Salvador, Deus falou comigo através de uma Irma e disse-me que ainda naquele ano eu teria um bebê e este seria um menino. Compartilhei apenas com meu esposo e fiquei então esperando o cumprimento da promessa do SENHOR. No dia oito de Dezembro de 2006 foi confirmado, ESTAVA GRÁVIDA! Deus havia cumprido sua promessa. Fomos abençoados por Deus, nasceu Davi, escolhido do SENHOR, um lindo menino que hoje está com seis anos de idade. Aprouve Deus me abençoar ainda mais com nossa Gabriela uma linda menina que aumentou e completou ainda mais a nossa felicidade. Essa experiência foi muito forte em minha vida, foi a experiência que adquiri com o SENHOR para que o seu nome fosse glorificado.
(família)
OVEGATAS - Todos nós sabemos que o tempo não perdoa ninguém e a senhora tem sido exemplo de uma mulher que superou obstáculos, venceu desafios e que hoje tem tido êxito em sua vida como mãe, esposa, enfim como mulher. (comente sobre isso)  
Adriana - Fui adolescente, jovem e vivenciei essa fase tão boa da vida. Nos olhamos no espelho e percebemos as mudanças que vem decorrentes do tempo, ou seja, é o ciclo da vida, todos nós vamos envelhecer, mas o interessante é que com o passar dos anos adquirimos experiências e são estas experiências que farão toda diferença, pois aquelas que são aos pés de Cristo se convertem na verdadeira maturidade. Enfrentei muitas dificuldades em minha vida, umas mais difíceis que outras. Louvo a Deus pela vida do meu esposo, que sempre foi muito compreensivo no lar, comigo e com as crianças, participando sempre da educação dos nossos filhos. Sempre me ajudando nos momentos em que precisei e me apoiando em tudo.
Louvo a Deus pela oportunidade de ter passado por tudo o que passei. Sou esposa, mãe, mulher, mas jamais poderei esquecer que sou SERVA do SENHOR e como serva devo sempre me apresentar ao mestre para que seja usada sem reservas naquilo que ELE determinar.

POSTADO POR: SAMARA PAIVA
Comentários
7 Comentários

7 comentários:

  1. Chorei, muito lindo.

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  2. AMEIIIIII.... Deus é Fiél!!

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    1. Testemunho linho pra gloria de Deus ^^ fica na paz

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  3. Linda historia e grande vitoria na presença do SENHOR JESUS

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    1. É tão lindo as coisas que Deus faz em nossas vidas ^^ fica na paz

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  4. Respostas
    1. Muito linda e edificante ^^ fica na paz

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